O itinerário por nós delineado pretende incidir sobre o centro histórico da cidade de Coimbra, devido à diversidade de estilos e períodos implícitos nos monumentos e museus que nesta cidade subsistem, sendo considerada por muitos, uma das mais interessantes cidades de Portugal, em termos arquitectónicos e artísticos, formando, assim, uma complementaridade harmoniosa. Contudo, decidimos aliar ao itinerário turístico no centro urbano, uma vertente natural, evidenciando a beleza das margens do Rio Mondego e ao bem-estar que essa paisagem emana, bem como uma componente aventureira, no que toca aos mais pequenos, já que falamos da visita ao Portugal dos Pequenitos.
Este itinerário tem como fim dar a conhecer a história, cultura e ambiente natural que envolve a cidade de Coimbra, mostrando todas as relíquias nela contidas, sendo este limitado a determinado público, nomeadamente com incapacidades motoras, devido à inexistência de acessos.
Os locais a visitar presentes no itinerário são: Universidade de Coimbra, Museu Nacional Machado de Castro, Sé Nova, Sé Velha, Parque Verde do Mondego, Ponte Pedonal D. Pedro e D. Inês, Convento de Santa Clara-a-Velha, Convento de Santa Clara-a-Nova, Museu Militar e, por fim, Portugal dos Pequenitos.
O itinerário foi realizado no GPS Garmin, posteriormente transferido para formato KML, formato compatível com o Google Maps. Para tal foram realizadas viagens aos locais mencionados. As ferramentas utilizadas foram: GPS Garmin e GPS Track Maker para a conversão de GPX para KML. Numa fase final foi "importado" o ficheiro KML para um novo mapa no Google Maps, onde foram feitos pequenos ajustamentos e melhoramentos pelas alunas: Ana Soraia Santos, Ângela Ferreira, Catarina Marques e Ana Rita Silva.
Visualização em:
http://maps.google.com/maps/ms?ie=UTF8&hl=pt-PT&msa=0&msid=115376092426792596935.000450fc5a632c46db045&ll=40.205689,-8.428917&spn=0.015339,0.037422&z=15
Locais a Visitar:
Universidade de Coimbra
A Universidade encontra-se situada na mais elevada colina da cidade, tendo como horizonte o Rio Mondego. Foi fundada pelo rei D. Dinis com a colaboração do prior de Santa Cruz, do abade de Alcobaça e outros eclesiásticos, estabeleceu-se primeiramente em Lisboa com o nome de "Estudo Geral". Em 1290 foi sancionada por bula do papa Nicolau IV, sendo transferida para Coimbra em 1308. Após a persistente alternância de Lisboa para Coimbra e vice-versa, D. João III em 1537 instalou-a definitivamente em Coimbra. Foi D. João III quem ofereceu o Palácio da Alcáçova para aí se leccionarem algumas disciplinas, no entanto, mais tarde, transferiram-se para esse local todas as aulas universitárias. Mais tarde, os edifícios passaram para propriedade da Universidade (1597), no âmbito da compra que a instituição fez ao monarca espanhol D. Filipe III (II de Portugal), que então reinava em Portugal.
Museu Nacional Machado de CastroUniversidade de Coimbra
A Universidade encontra-se situada na mais elevada colina da cidade, tendo como horizonte o Rio Mondego. Foi fundada pelo rei D. Dinis com a colaboração do prior de Santa Cruz, do abade de Alcobaça e outros eclesiásticos, estabeleceu-se primeiramente em Lisboa com o nome de "Estudo Geral". Em 1290 foi sancionada por bula do papa Nicolau IV, sendo transferida para Coimbra em 1308. Após a persistente alternância de Lisboa para Coimbra e vice-versa, D. João III em 1537 instalou-a definitivamente em Coimbra. Foi D. João III quem ofereceu o Palácio da Alcáçova para aí se leccionarem algumas disciplinas, no entanto, mais tarde, transferiram-se para esse local todas as aulas universitárias. Mais tarde, os edifícios passaram para propriedade da Universidade (1597), no âmbito da compra que a instituição fez ao monarca espanhol D. Filipe III (II de Portugal), que então reinava em Portugal.
O Museu Nacional Machado de Castro está instalado em dois edifícios antigos, o Paço Episcopal e a Igreja de S. João de Almedina, desde a Idade Média anexa a este. Em 1912, o Museu foi instalado no Paço, onde, pelo menos desde o século XII, residiram os bispos conimbricenses. Tal como o antigo Paço Episcopal e a Igreja de S. João de Almedina, o museu está assente sobre um criptopórtico romano. Esta estrutura, terá sido construída para anular o grande declive da encosta, da colina, e assim, criar uma zona onde pudesse ser edificado o fórum imperial. Procura-se confirmar que o criptopórtico constituía parte do conjunto do fórum de Aeminium.
Sé Nova
Fundada pelos Jesuítas em 1598 e construída ao longo dos séculos XVII e XVIII, a Sé Nova de Coimbra apresenta características das igrejas da companhia de Jesus. A sobriedade, austeridade e elegância das igrejas desta ordem são visíveis no interior e na 1ª fase da construção da fachada fiel ao protótipo romano, que foi finalizada já ao gosto barroco, fugindo ao modelo e estilo inicial. A igreja é um notável repositório de altares de talha representativa de vários estilos e épocas, patentes na capela-mor, nas capelas laterais da nave e no transepto.
Sé Velha
Entre a baixa e a alta coimbrã irrompe um dos mais belos monumentos românicos portugueses edificados, quando o rio Mondego servia de fronteira entre cristãos e muçulmanos: a Sé Velha. Foi nela que D. Pedro, em 1360, ter-se casado em segredo com D. Inês de Castro, assassinada 5 anos antes, em Coimbra. Começada após 1139, sucede à crucial vitória na Batalha de Ourique, consagrando a importância de Coimbra como capital do Reino. No entanto, os trabalhos de construção prolongaram-se até 1320, sendo poucas as modificações posteriores, principalmente nos séculos XVI e XVIII. Os responsáveis pelas obras da Catedral coimbrã foram o mestre Roberto e os mestres Bernardo, de origem francesa, e Soeiro, sendo estes influenciados pelas igrejas de peregrinação do Caminho de Santiago. Este templo lembra uma fortaleza, com fortes paredes em cantaria, fechadas como muralhas, sendo acessível por uma escadaria, dada a sua difícil implantação num terreno em declive.
Parque Verde do Mondego
Situado na margem direita do Rio Mondego, o Parque Verde consiste num imenso espaço verde onde é possível encontrar bares, restaurantes e um pavilhão para exposições. Inaugurado em Junho de 2004, o Parque Verde do Mondego veio aproximar o rio da vivência diária de Coimbra. Da autoria do Arquitecto Camilo Cortesão é um espaço para apanhar sol, andar a pé, levar as crianças a passear e brincar, comer, ouvir música, ler entre outras actividades que se podem realizar.
Ponte Pedonal D. Pedro e D. Inês
No dia 26 de Novembro de 2006 foi inaugurada a ponte Pedro e Inês em Coimbra. Da autoria dos engenheiros Adão da Fonseca e Cecil Balmond, a Ponte Pedro e Inês tem como objectivos garantir a vivência das duas margens do rio salvaguardando a utilização do Mondego para desportos náuticos e percursos turísticos. Ponte pedonal e ciclovia sobre o Rio Mondego em Coimbra com 275m de comprimento e 4m de largura.
A construção da mais recente travessia sobre o Mondego é o pretexto para revistar a memória colectiva e recordar as formas, que ao longo dos tempos, os habitantes de Coimbra encontraram para superar o Rio.
Convento de Santa Clara-a-Velha
Em 1286 foi fundada por D. Mor Dias uma comunidade religiosa no local onde está actualmente o Mosteiro de Santa Clara a Velha. Esta comunidade foi dedicada a Santa Clara, dada a popularidade das ordens mendicantes (de inspiração franciscana) que na época chegavam a Portugal. Em 1314, D. Isabel de Aragão, a Rainha Santa, casada com D. Dinis, o Lavrador, solicitou ao Papa autorização para erguer um Mosteiro nesse local, e em 1316 começaram as obras. Trata-se de exemplar gótico mendicante, com toda a sua elegância simples e luminosidade. É um dos poucos que conserva a concepção espacial original do convento feminino. A Rainha tinha grande apreço pelo Mosteiro, sendo este palco de alguns episódios da vida desta, como é o caso do “Milagre das Rosas”, decidindo, deste modo, ser aí sepultada.
A partir de 1331, o Mosteiro esteve sujeito a inúmeras inundações devido às cheias do Mondego, que o deterioraram e afundaram, sendo todos os esforços de drenagem e conservação insuficientes. Assim, em 1677 o Mosteiro foi abandonado, passando toda a comunidade das monjas de Santa Clara, juntamente com o túmulo da Rainha D. Isabel, para o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
Entre 1995 e 1999 procedeu-se a uma vasta campanha arqueológica, através do bombeamento permanente das águas, o que permitiu uma escavação mais próxima do ambiente "seco”, e que levou à desobstrução da igreja e do claustro, pondo a descoberto as estruturas arquitectónicas enterradas e submersas.
Actualmente, este Mosteiro encontra-se submetido a obras de recuperação e requalificação, tendo em conta a importância das descobertas arqueológicas e de história de arte, mas principalmente, visando a preservação deste património nacional.
Convento de Santa Clara-a-Nova
O Convento era destinado a acolher as Clarissas vindas do inundado Convento de Santa Clara-a-Velha, na freguesia de Santa Clara, margem esquerda do rio Mondego, na parte média superior do Monte da Esperança, em posição sobranceira ao mosteiro novo de S. Francisco.
A sua construção iniciou-se a 3 de Julho de 1649 sob plano delineado pelo engenheiro-mor do reino e professor da Universidade, Frei João Turriano, sendo construída pelo arquitecto régio Mateus do Couto, ficando pronta em 1679.
Em 29 de Outubro de 1677, fez-se uma grande procissão a partir do convento velho, para transladação da Rainha Santa e mudança das freiras para o convento novo. A igreja foi sagrada a 26 de Junho de 1696.
Trazido do Convento de Santa Clara-a-Velha, o Túmulo da Rainha Santa, uma obra do catalão Mestre Pêro da primeira metade do século XIV, encontra-se exposto no coro baixo, tendo sido colocado no altar-mor a 3 de Julho de 1696.
Museu Militar de Coimbra
A 5 de Dezembro de 1985, o General Chefe do Estado Maior do Exército, é criado a titulo transitório, o Museu Militar de Coimbra. No entanto, somente no dia seguinte, aproveitando-se o dia de encerramento das comemorações do VIII Centenário da morte de D. Afonso Henriques, patrono do Exército, é inaugurado oficialmente o Museu Militar de Coimbra, com a presença do Chefe do Estado Maior do Exército.
O Museu está instalado numa dependência anexa do Convento de Santa Clara-a-Nova, edifício histórico do séc. XVII onde, desde 1911, estiveram instaladas sucessivamente as seguintes Unidades Militares. Este conta a história do exército português, através da exposição de material militar, tal como armas e uniformes e artigos diversos com conotação militar, que ilustram as batalhas, guerras e histórias portuguesas.
Portugal dos Pequenitos
O Portugal dos Pequenitos é desde 8 de Junho de 1940, data da sua inauguração, um parque lúdico-pedagógico destinado essencialmente à Criança. Obra de grande mérito idealizada e construída pelo Professor Dr. Bissaya Barreto, com a colaboração de um grande arquitecto português que foi o responsável pelo projecto – Cassiano Branco.
O parque reflecte de forma pormenorizada e numa escala reduzida uma vasta gama de elementos sobre a arquitectura e História de Portugal. A escala da sua construção é feita à medida das crianças que aprendem brincando. O autor pretendeu fazer ali a apologia do Império Colonial, como se pode constatar através de todos os conjuntos de miniaturas, dos mais importantes monumentos portugueses e das casas tradicionais que são dignos de serem visitados regularmente.
Desta forma, o Portugal dos Pequenitos é hoje o monumento com maior número de visitantes na cidade de Coimbra.